segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A figura do rei



" De acordo com o Chevalier e Gheerbrant, em variadas culturas a figura do rei aparece como um elo entre o céu e a terra, detentor de mandato celeste.
No Japão , por exemplo, a descendência do imperador é diretamente ligada a Amaterasu Omikami, a Deusa do Sol. Na China o vocábulo rei é designado pelo carácter wang formado por três traços horizontais paralelos , o céu, o homem e a terra , ligados no meio por um traço vertical. O rei é o centro do império e intermediário entre o céu e a terra.
No Egito o poder do rei ( faraó ) é de tal natureza, que inspira medo. Seus desígnios são tidos como infalíveis e seus julgamentos , como justos. Considera-se que o faraó é possuidor da mesma natureza de uma divindade.
Já entre os celtas o rei era eleito pelos representantes da classe militar e pelos nobres, mas cabia aos druidas vigiar e dar garantias religiosas a essa escolha , ficando o rei como intermediário entre a classe sacerdotal e os súditos, submisso à autoridade dos druidas .
Em alguns imaginários a figura do rei é também concebida "como uma projeção do eu superior , um ideal a realizar".
Quanto à barba - " Da barba branca batendo no peito , da capa vermelha batendo no pé" - está simbolicamente relacionada , segundo Chevalier e Gheerbrant , à virilidade, à coragem e à sabedoria. Geralmente os monarcas e filósofos são representados com barbas. O curioso é que de tal maneira elas estão associadas ao poder e à sabedoria , que "rainhas egípcias são representadas com barba, como sinal de um poder igual ao dos reis.

Na antiguidade , dava-se uma barba postiça aos homens imberbes e às mulheres que tivessem dado prova de coragem e de sabedoria.

( O Contrato de Comunicação da Literatura Infantil e Juvenil - Ieda de Oliveira )

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