quinta-feira, 30 de abril de 2009

A morta


" Eu amara perdidamente! Por que amamos? É realmente estranho ver no mundo apenas um ser, ter no espírito um único pensamento , no coração um único desejo e na boca um único nome: um nome que ascende ininterruptamente , que sobe das profundezas da alma como a água de uma fonte , que ascende aos lábios, e que dizemos, repetimos, murmuramos o tempo todo, por toda parte como uma prece."

( A Morta - Guy de Maupassant )

quarta-feira, 15 de abril de 2009



"Toco a sua boca, com um dedo toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a sua boca se entreabrisse , e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e desenha no seu rosto, e que por um acaso que não procuro compreender coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha em você."

( O Jogo da Amarelinha - Julio Cortázar )

terça-feira, 7 de abril de 2009

O Barão nas Árvores


" Conheceram-se. Ele a conheceu e a si próprio, pois na verdade jamais soubera quem fosse. E ela o conheceu e a si própria , pois , mesmo já se conhecendo nunca pudera se reconhecer assim."

( O Barão nas Árvores - Ítalo Calvino )

domingo, 5 de abril de 2009

D.H. Laurence


" A vida só é suportável quando o corpo e mente estão em harmonia e existe um equilíbrio e um respeito naturais entre eles."


D.H. Laurence

sábado, 4 de abril de 2009

Senhora de Marelle


"...De repente percebeu a Senhora de Marelle, e a lembrança de todos os beijos que lhe dera, que ela lhe devolvera , a memória de todas as suas carícias , suas gentilezas , o som da sua voz, o gosto de seus lábios, fez-lhe correr pelo sangue o desejo brusco de a retomar. Ela estava linda, elegante, com o seu ar garoto e seus olhos trêfegos. Georges pensava: " que amante encantadora, apesar de tudo."

( Bel Ami - Guy de Maupassant )

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Os três Mosqueteiros



"Encontrou Athos e Aramis filosofando. Aramis tinha planos de voltar á batina. Athos, como de hábito, não o dissuadia nem o animava. Achava que se devia deixar a cada um o exercício do livre-arbítrio. Nunca dava conselhos sem que lhos pedissem. E, ainda assim, era preciso pedir duas vezes.
_Em geral - dizia- só se pedem conselhos para não os seguir, ou quando os seguem, para ter alguem que se possa censurar por havê-los dado."

( Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas )