sábado, 17 de agosto de 2013

O Perfume - A História de Um Assassino - Patrick Süskind




"A mão que envolvia o frasco tinha um cheiro, um perfume bem suave, quando ele a conduziu até o nariz e a farejou. Ficou melancólico e, por alguns segundos, esqueceu-se de caminhar e permaneceu parado , cheirando. Pensou: ninguém sabe como é realmente bom esse perfume. Ninguém sabe como é bem-feito . Os outros só se submetem ao seu efeito, sim, nem sequer sabem que se trata de um perfume o que sobre eles atua e fascina . O único que alguma vez  o reconheceu em sua verdadeira beleza fui eu, porque eu mesmo o fiz. E ao mesmo tempo sou o único a quem ele não pode fascinar , não pode deixar fora de si.
Sou o único para quem não tem sentido."

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