quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Vida Privada Das Árvores - Alejandro Zambra



"Não pode negar que gosta cada vez mais da solidão; as semanas com Ernesto, por sua vez, têm sido travadas, ásperas. Não que haja violência ou tédio. É uma espécie de falha, uma velatura que alguém espalhou sobre a tela onde Ernesto e Daniela posam para a posteridade . Sabe que muito em breve Ernesto não voltará mais. Imagina-se desconcertada, e depois furiosa, e finalmente invadida por uma decisiva quietude. Tudo bem, era sem compromisso, como deve ser : ama-se para deixar-se de amar e se deixa de amar para começar a amar os outros, ou para ficar sozinho, por um tempo ou para sempre. Esse é o dogma. O único dogma."



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